Você morreu
Minha cabeça dói
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Não adianta
Você morreu
terça-feira, 22 de novembro de 2011
E vai simplesmente assim...
É a vontade de correr,
É a vontade de morrer,
É a vontade de deixar tudo para trás e fugir para mundos distantes
É a queimação dentro de mim
É o martelar do julgo alheio
É a preocupação com o futuro
E o arrependimento com o passado
É a quebra da sintaxe com a vida
É a música incessante das trombetas do alvorecer
É a retaliação mental
É um Deus e uma Deusa brigando
Os plebeus só lamentando
É o álcool subindo a cabeça
São os livros eróticos à mão de um déspota
São vozes
O mundo é negro como meu coração
A noite é fria como o ar que passa por meus pulmões
O dia é quente como o inferno
E a dor,
A dor já é amiga de muitos anos...
domingo, 23 de outubro de 2011
Um ser dentro de mim
Das distantes planícies do meu eu
Das distantes sensações do meu coração
Brota um jovem imaturo
Com medo do mundo
Com medo de se mostrar
Com medo de ouvir o cântico dos pássaros da alvorada
Com medo da vida
E o itinerante músico das árvores verdes
Que faz florescer chuvas de louros e ouros
Pede ajuda
Não consegue mais cantar nem tocar
E o mundo a sua volta desaba
Chora por perdão
No longe, nem uma mísera mão...
Os dedos da mãe de todos,da mãe terra
Brotam do chão como larvas desiludidas que procuram por comida
E as areias do tempo continuam pondo seus ovos
Sobre aqueles que já estão esquecidos há tempos, nos tempos de hoje
Afetivo
Morto
Consumido por todos
O jovem cresce em idade
E estagna em maturidade
Reconhece seus erros
E grita por seus apelos
Em uma caixa de cedro a dez pés abaixo do chão
E suas crenças geram desavenças e desilusões
Por uma vida mal vivida
E acreditada no Deus errado
E nem a dança dos anjos pode salvar-lhe
Com suas peças efêmeras
Assim como sua felicidade.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Rápida História
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
O que..?
Estou a dois passos do inferno
E essa paixão queima como se já estivesse lá,
E o diabo como meu carrasco está a sorrir para mim
E os anjos lá de cima, põem-se a rir
E tu estas acorrentada pelas palavras
E a verdade não está por vir
E a humanidade caminha para o buraco
E enquanto eu estou na danação eterna, a vida continua
E o meu cachorro ao meu lado, late para o diabo
E os demônios dos meus pesadelos lá estão de braços abertos
E eu não tenho medo
Não sinto nada
Absolutamente nada
Somente a queimação daquela paixão dormente
Dentro do meu eu.
Somente aquela queimação é maior que meu ego
Dentro da minha cabeça.
Eu começo a discutir comigo mesmo
E eu não calo a boca!
Então a loucura toma conta de mim
Começo a rir freneticamente como se ainda estivesse no manicômio
RÁÁÁÁ
O Marcos realmente não ia acreditar
Que o inferno existe!
E que nesse momento estou jogando baralho com lúcifer e Jesus cristo
Enquanto Deus pede outra rodada no bar
E o miguelzinho fica jogando sinuca com gabriel!
E a batalha entre lúcifer e cristo não para!!!
Como são competitivos esses dois, é incrível
“Aposto 5 mil almas”
“Subo para 10 mil”
E fico espantado
Até porque são pessoas
Mas, foda-se, não tenho nada a ver
E a fila para entrar no inferno não anda
Ainda tá parada e já fazem 10 anos
Quando finalmente chega a minha vez
E os malditos 3 juízes da morte autorizam a minha entrada
O maldito cachorro de 3 cabeças não vai com a minha cara
E eu começo a correr pelas planícies do tártaro e os campos Elíseos
E então eu tropeço, e o maldito cão vem correndo pra cima de mim
E ele vai me dilacerar com aquelas três enormes bocas
E eu quase grito por socorro a Deus!
Só que o desgraçado tá bêbado!
E eu vou morrer, de novo!!!
E então!
Toca o alarme, desligo aquela bosta, e acordo suando...
sábado, 27 de agosto de 2011
De longe em cima da colina, eu vejo um vulto
Seu manto é negro, como o céu escuro
Ele segura algo
Tem torno de dois metros e meio
Possui uma lâmina e é curva
Ele vem com um terço nas mãos,
De dentro de seu manto, somente os olhos brancos como a neve
Feições esqueléticas, mãos esqueléticas, um ser esquelético
Que é seguido por um clarão
Olho ao meu redor e vejo todos os homens com quem batalhei
E os que batalharam ao meu lado
As expressões em seus agonizantes rostos, que jamais voltariam a ver a luz do dia
Ou o sol do amanhecer, ou o sol poente
Ou a lua que cruzará os céus para juntar-se as estrelas em uma dança tão linda Que até os animas chorariam rios de lágrimas
Saio de meu corpo por instantes e vejo que o vulto espera-me pacientemente
Cantarolando uma suave melodia
Enquanto isso, vôo através de rios, florestas e cidades,
A última enfim, parece-me familiar
Casa
Vejo minha mulher e meus filhos brincando ao ar livre
Tão inocentes, quanto um recém-nascido
Tão lindos quanto às manhãs da primavera
Tão lindos quanto o desabrochar de mil rosas
Tão lindos quanto os olhos humanos podem enxergar
De volta ao meu corpo,
O vulto começa a levantar-se e vir em minha direção
Minha cota parece ficar mais leve ao tempo dos passos daquele ser
O ferimento que tanto sangrou e doeu, naquele momento era substituído
Por uma sensação nostálgica e alegre, como o acolhedor abraço de uma mãe
Ao filho que retorna ao lar depois de anos em virtude de suas conquistas
E ao chegar a cinco metros de distância de mim, tento sacar minha lança
Entretanto, ela já não está mais lá
Nem a minha cota
Nem eu em meu corpo
O vulto me puxa para um abraço como se já fossemos amigos de vários anos
Com seu braço esquelético ainda envolto em meu pescoço
Ele olha para mim, e dá um sorriso
E única coisa que eu poderia fazer, era sorrir de volta
Foi o que eu fiz
E juntos caminhamos lado a lado em direção ao clarão
Ao som de uma música angelical que vibrava
E tocava cada vez mais alto
E novamente a sensação nostálgica e alegre encheu meu corpo
Hesitante por um momento, olho para trás
Vejo meus compatriotas carregando o que um dia fora meu corpo
E com muito cuidado, ao meio de chuvas de incessantes flechas
Passam no meio da massa de pessoas até desaparecerem na multidão
Volto a andar até que vejo uma porta no meio do clarão
E nela, estava inscrito
“A porta da salvação eterna, o juízo final para aqueles que passaram pelo meio dia e o ocaso da vida com ternura, fidelidade e amor para com o seu próximo, se tens certeza de que podes passar pelos portões do eterno, pelas provas dos guardas que estão por vir, empurre a porta e estarás ao lado de teu pai celestial e seus inúmeros filhos, agora, se já não tens certeza, de meia volta e vaga pelo limbo.”
E assim o fiz...
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Enquanto a hora não chega
Enquanto a hora não chega, não me encha o saco
Enquanto eu ainda não puder responder pelos meus atos, não me encha o saco
Enquanto eu ainda me lembrar dos olhos dela, não me encha o saco
Enquanto eu ainda não souber dançar, não me encha o saco
Enquanto eu ainda cheirar como um garoto, não me encha o saco
Enquanto eu ainda lembrar onde ela mora, não me encha o saco
Enquanto eu ainda estiver com todo esse ódio, não me encha o saco
E até lá, tenha medo de mim...
Comece a me encher o saco quando eu estiver a sete palmos do chão
Quando eu estiver sóbrio
Quando eu estiver escrevendo
Quando eu estiver passando por provas
Quando eu for o último dos poetas
Quando eu começar a escrever sendo um defunto
Quando começar aquele fogo incessante de perguntas dentro de mim
Quando eu não souber a resposta do problema
Quando eu engordar
Quando eu emagrecer
Quando eu vomitar de tanto beber
Quando eu estiver internado
Assim como você sempre esteve comigo,
Assim como você está agora,
Do meu lado...
Meu lado...
Dentro da minha cabeça...
Da minha cabeça...
Dentro das minhas palavras
Dentro do meu ser
Dentro de cada átomo de minha existência corpórea
Dentro do meu sentido.
Você está tão ligado comigo que já fede a mim
Enfim, quando eu estiver com sessenta anos
E internado num manicômio com esquizofrenia
Lembrar de lugares, atos, coisas que eu jamais fiz
Pessoas que eu jamais vi
Mulheres com quem eu jamais dormi
Quando eu estiver louco, se já não o estou
Ou quando eu for preso por um mandato judicial
(Essa parte é crucial)
Pergunte a si mesmo, e veja se já podemos partir.