terça-feira, 22 de novembro de 2011

E vai simplesmente assim...

É a vontade de correr,

É a vontade de morrer,

É a vontade de deixar tudo para trás e fugir para mundos distantes

É a queimação dentro de mim

É o martelar do julgo alheio

É a preocupação com o futuro

E o arrependimento com o passado

É a quebra da sintaxe com a vida

É a música incessante das trombetas do alvorecer

É a retaliação mental

É um Deus e uma Deusa brigando

Os plebeus só lamentando

É o álcool subindo a cabeça

São os livros eróticos à mão de um déspota

São vozes

O mundo é negro como meu coração

A noite é fria como o ar que passa por meus pulmões

O dia é quente como o inferno

E a dor,

A dor já é amiga de muitos anos...

domingo, 23 de outubro de 2011

Um ser dentro de mim

Das distantes planícies do meu eu

Das distantes sensações do meu coração

Brota um jovem imaturo

Com medo do mundo

Com medo de se mostrar

Com medo de ouvir o cântico dos pássaros da alvorada

Com medo da vida


E o itinerante músico das árvores verdes

Que faz florescer chuvas de louros e ouros

Pede ajuda

Não consegue mais cantar nem tocar

E o mundo a sua volta desaba

Chora por perdão

No longe, nem uma mísera mão...


Os dedos da mãe de todos,da mãe terra

Brotam do chão como larvas desiludidas que procuram por comida

E as areias do tempo continuam pondo seus ovos

Sobre aqueles que já estão esquecidos há tempos, nos tempos de hoje


Afetivo

Morto

Consumido por todos

O jovem cresce em idade

E estagna em maturidade

Reconhece seus erros

E grita por seus apelos

Em uma caixa de cedro a dez pés abaixo do chão


E suas crenças geram desavenças e desilusões

Por uma vida mal vivida

E acreditada no Deus errado


E nem a dança dos anjos pode salvar-lhe

Com suas peças efêmeras

Assim como sua felicidade.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rápida História

Sono, fome.
Atitudes de depravação por
um ser altruísta que morre
de inveja de morrer
e passa o
tempo pensando,
tentando,
esfomeado sem nada para relatar a
ninguém, por que
também
não há nada o que informar
logo
vai deitar
e
comer para que o
sono e
a fome possam cessar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O que..?

Estou a dois passos do inferno

E essa paixão queima como se já estivesse lá,

E o diabo como meu carrasco está a sorrir para mim

E os anjos lá de cima, põem-se a rir

E tu estas acorrentada pelas palavras

E a verdade não está por vir

E a humanidade caminha para o buraco

E enquanto eu estou na danação eterna, a vida continua

E o meu cachorro ao meu lado, late para o diabo

E os demônios dos meus pesadelos lá estão de braços abertos

E eu não tenho medo

Não sinto nada

Absolutamente nada

Somente a queimação daquela paixão dormente

Dentro do meu eu.

Somente aquela queimação é maior que meu ego

Dentro da minha cabeça.

Eu começo a discutir comigo mesmo

E eu não calo a boca!

Então a loucura toma conta de mim

Começo a rir freneticamente como se ainda estivesse no manicômio

RÁÁÁÁ

O Marcos realmente não ia acreditar

Que o inferno existe!

E que nesse momento estou jogando baralho com lúcifer e Jesus cristo

Enquanto Deus pede outra rodada no bar

E o miguelzinho fica jogando sinuca com gabriel!

E a batalha entre lúcifer e cristo não para!!!

Como são competitivos esses dois, é incrível

“Aposto 5 mil almas”

“Subo para 10 mil”

E fico espantado

Até porque são pessoas

Mas, foda-se, não tenho nada a ver

E a fila para entrar no inferno não anda

Ainda tá parada e já fazem 10 anos

Quando finalmente chega a minha vez

E os malditos 3 juízes da morte autorizam a minha entrada

O maldito cachorro de 3 cabeças não vai com a minha cara

E eu começo a correr pelas planícies do tártaro e os campos Elíseos

E então eu tropeço, e o maldito cão vem correndo pra cima de mim

E ele vai me dilacerar com aquelas três enormes bocas

E eu quase grito por socorro a Deus!

Só que o desgraçado tá bêbado!

E eu vou morrer, de novo!!!

E então!

Toca o alarme, desligo aquela bosta, e acordo suando...

sábado, 27 de agosto de 2011

De longe em cima da colina, eu vejo um vulto

Seu manto é negro, como o céu escuro

Ele segura algo

Tem torno de dois metros e meio

Possui uma lâmina e é curva

Ele vem com um terço nas mãos,

De dentro de seu manto, somente os olhos brancos como a neve

Feições esqueléticas, mãos esqueléticas, um ser esquelético

Que é seguido por um clarão

Olho ao meu redor e vejo todos os homens com quem batalhei

E os que batalharam ao meu lado

As expressões em seus agonizantes rostos, que jamais voltariam a ver a luz do dia

Ou o sol do amanhecer, ou o sol poente

Ou a lua que cruzará os céus para juntar-se as estrelas em uma dança tão linda Que até os animas chorariam rios de lágrimas

Saio de meu corpo por instantes e vejo que o vulto espera-me pacientemente

Cantarolando uma suave melodia

Enquanto isso, vôo através de rios, florestas e cidades,

A última enfim, parece-me familiar

Casa

Vejo minha mulher e meus filhos brincando ao ar livre

Tão inocentes, quanto um recém-nascido

Tão lindos quanto às manhãs da primavera

Tão lindos quanto o desabrochar de mil rosas

Tão lindos quanto os olhos humanos podem enxergar

De volta ao meu corpo,

O vulto começa a levantar-se e vir em minha direção

Minha cota parece ficar mais leve ao tempo dos passos daquele ser

O ferimento que tanto sangrou e doeu, naquele momento era substituído

Por uma sensação nostálgica e alegre, como o acolhedor abraço de uma mãe

Ao filho que retorna ao lar depois de anos em virtude de suas conquistas

E ao chegar a cinco metros de distância de mim, tento sacar minha lança

Entretanto, ela já não está mais lá

Nem a minha cota

Nem eu em meu corpo

O vulto me puxa para um abraço como se já fossemos amigos de vários anos

Com seu braço esquelético ainda envolto em meu pescoço

Ele olha para mim, e dá um sorriso

E única coisa que eu poderia fazer, era sorrir de volta

Foi o que eu fiz

E juntos caminhamos lado a lado em direção ao clarão

Ao som de uma música angelical que vibrava

E tocava cada vez mais alto

E novamente a sensação nostálgica e alegre encheu meu corpo

Hesitante por um momento, olho para trás

Vejo meus compatriotas carregando o que um dia fora meu corpo

E com muito cuidado, ao meio de chuvas de incessantes flechas

Passam no meio da massa de pessoas até desaparecerem na multidão

Volto a andar até que vejo uma porta no meio do clarão

E nela, estava inscrito

“A porta da salvação eterna, o juízo final para aqueles que passaram pelo meio dia e o ocaso da vida com ternura, fidelidade e amor para com o seu próximo, se tens certeza de que podes passar pelos portões do eterno, pelas provas dos guardas que estão por vir, empurre a porta e estarás ao lado de teu pai celestial e seus inúmeros filhos, agora, se já não tens certeza, de meia volta e vaga pelo limbo.”

E assim o fiz...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Enquanto a hora não chega

Enquanto a hora não chega, não me encha o saco

Enquanto eu ainda não puder responder pelos meus atos, não me encha o saco

Enquanto eu ainda me lembrar dos olhos dela, não me encha o saco

Enquanto eu ainda não souber dançar, não me encha o saco

Enquanto eu ainda cheirar como um garoto, não me encha o saco

Enquanto eu ainda lembrar onde ela mora, não me encha o saco

Enquanto eu ainda estiver com todo esse ódio, não me encha o saco

E até lá, tenha medo de mim...

Comece a me encher o saco quando eu estiver a sete palmos do chão

Quando eu estiver sóbrio

Quando eu estiver escrevendo

Quando eu estiver passando por provas

Quando eu for o último dos poetas

Quando eu começar a escrever sendo um defunto

Quando começar aquele fogo incessante de perguntas dentro de mim

Quando eu não souber a resposta do problema

Quando eu engordar

Quando eu emagrecer

Quando eu vomitar de tanto beber

Quando eu estiver internado

Assim como você sempre esteve comigo,

Assim como você está agora,

Do meu lado...

Meu lado...

Dentro da minha cabeça...

Da minha cabeça...

Dentro das minhas palavras

Dentro do meu ser

Dentro de cada átomo de minha existência corpórea

Dentro do meu sentido.

Você está tão ligado comigo que já fede a mim

Enfim, quando eu estiver com sessenta anos

E internado num manicômio com esquizofrenia

Lembrar de lugares, atos, coisas que eu jamais fiz

Pessoas que eu jamais vi

Mulheres com quem eu jamais dormi

Quando eu estiver louco, se já não o estou

Ou quando eu for preso por um mandato judicial

(Essa parte é crucial)

Pergunte a si mesmo, e veja se já podemos partir.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tercetos de Amor Contrário

João era apaixonado por Maria
Maria fazia que nem conhecia.
João tentava, mas nada adiantava

Maria nem com três palavras a João cumprimentava
O tempo foi passando, e João, se curando
Foi então que Maria descobrira que João agora namorava

De ciúmes encheu-se Maria
Que foi a sua tia contar o que passava
Por quê? Por que João namorava se tanto lhe amava?!?!

Titia explicara a Maria o que João sentia por ela sentia
A cada palavra, mais se alimentava o ciúme de Maria
A cada minuto, Maria pirava

Maria foi então descobrir que na verdade era João a sua cara metade
Porém, João comprometido já estava
O que Maria depois fez foi burrice impensada

Tomou grandes doses do seu próprio veneno
E por amor a João ali acabou morrendo
Para mim, morreu sofrendo do jeito que merecia, ingrata, João comentava...

domingo, 21 de agosto de 2011

Normalmente assim

Era um dia normal
Eram duas pessoas formando um casal normal
Era um cara assaltando uma loja, enfim, normal..

sábado, 20 de agosto de 2011

A minha loucura

Minha loucura é loucamente insana
Na minha loucura insana vejo vozes e ouço cores
Na minha loucura, sinto na pele o que o rato sente
Fugindo do gato adoidado em seu encalço.

Percebo que aquele garotinho deitado na rua, semi-nu e descalço
Não passa de uma figura a mais pro sistema hipócrita de hoje
Que se baseia em outra coisa hipócrita chamada "justiça"

Na minha loucura, eu via a ternura fiel do cidadão-soldado
Que arfava o peito com orgulho e dizia 'sou brasileiro'
Pois era na minha loucura que eu via
O sonho da pátria mãe gentil, que um dia fora brasil.
Só que hoje não tem mais sol e nem raios fúlgidos vindo do Leste
E ela deita pra nunca mais levantar

Então, sozinho em uma sala escura, onde a luz não chega nem perto
Eu fecho a minha mente, abro meus olhos,
Meu cérebro de algum jeito não processa as imagens, eu enxergo tudo preto, pareço um cego
E caio pra trás num sono profundo
Simplesmente do nada, acordo em um jardim adornado com lírios de todas as cores e aromas,
O sol é azul, o céu amarelo, começo a achar que sou retardado ou daltônico
Dou uns tapinhas na minha cabeça
Tento levantar e piso na minha própria mão!
É, sou retardado
Me ponho em pé definitivamente, sem mais delongas
Pareço um bêbado indo na esquina comprar caninha pra curar ressaca
Posso não ter tomado um só trago, mas a cabeça dói que é o Diabo

E as vozes não calam a boca de jeito nenhum!!!
Me mandam correr, e eu corro até a puta que o pariu
Me mandam comer, e eu como um boi sozinho
Me mandam chegar na menina de olhos azuis e vestido carmesim do outro lado da festa
E EU CHEGO
e tomo na cara...
Me manda escrever e eu escrevo
Me mandam viver, só que daí eu já tô puta cansado e de saco cheio
"Cara, tais estranho, não és o mesmo"
"Tais mudado ultimamente, que que houve?"
SÃO ESSAS MERDAS DE VOZES

Cansei de viver no meio da massa como mais um
Quero ser muita mais que os miseráveis que vivem ao meu redor
Eu quero olhar pra trás e não ter levado aquele tapa na cara
E quero olhar pra trás e lembrar que o céu é na realidade azul e o sol que é amarelo
E que eu sei levantar direito
Eu quero olhar pra trás e ver que meu país é justo com todos de novo
E que aquele menino tenha uma casa, irmãos e seja feliz,
Pais que o amem com 100 por cento da capacidade
Eu quero escutar pros lados e ver que cores vejo com os olhos!
Eu quero poder entender o que é amor, já que paixão tive várias
Eu quero!... enfim
Mas não dá, nunca dá o que a gente quer, ainda mais
Já que sou louco, retardado e não sei levantar!!!

Boa noite, meu nome é taes

Começo postando hoje, dia 20/08 21:21, nesta bela bosta, como um meio de expressar o que sinto, e para refletir sobre as questões da vida que um tanto me incomodam atrás da orelha.
Nem sempre coisas relacionadas a paixões me atraem, por isso não irei postar muitas coisas do gênero, o que tento passar é uma mensagem a mais no mundo, é aquele tantinho que falta pra transbordar o copo, e mudar toda essa merda.