Das distantes planícies do meu eu
Das distantes sensações do meu coração
Brota um jovem imaturo
Com medo do mundo
Com medo de se mostrar
Com medo de ouvir o cântico dos pássaros da alvorada
Com medo da vida
E o itinerante músico das árvores verdes
Que faz florescer chuvas de louros e ouros
Pede ajuda
Não consegue mais cantar nem tocar
E o mundo a sua volta desaba
Chora por perdão
No longe, nem uma mísera mão...
Os dedos da mãe de todos,da mãe terra
Brotam do chão como larvas desiludidas que procuram por comida
E as areias do tempo continuam pondo seus ovos
Sobre aqueles que já estão esquecidos há tempos, nos tempos de hoje
Afetivo
Morto
Consumido por todos
O jovem cresce em idade
E estagna em maturidade
Reconhece seus erros
E grita por seus apelos
Em uma caixa de cedro a dez pés abaixo do chão
E suas crenças geram desavenças e desilusões
Por uma vida mal vivida
E acreditada no Deus errado
E nem a dança dos anjos pode salvar-lhe
Com suas peças efêmeras
Assim como sua felicidade.
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