domingo, 23 de outubro de 2011

Um ser dentro de mim

Das distantes planícies do meu eu

Das distantes sensações do meu coração

Brota um jovem imaturo

Com medo do mundo

Com medo de se mostrar

Com medo de ouvir o cântico dos pássaros da alvorada

Com medo da vida


E o itinerante músico das árvores verdes

Que faz florescer chuvas de louros e ouros

Pede ajuda

Não consegue mais cantar nem tocar

E o mundo a sua volta desaba

Chora por perdão

No longe, nem uma mísera mão...


Os dedos da mãe de todos,da mãe terra

Brotam do chão como larvas desiludidas que procuram por comida

E as areias do tempo continuam pondo seus ovos

Sobre aqueles que já estão esquecidos há tempos, nos tempos de hoje


Afetivo

Morto

Consumido por todos

O jovem cresce em idade

E estagna em maturidade

Reconhece seus erros

E grita por seus apelos

Em uma caixa de cedro a dez pés abaixo do chão


E suas crenças geram desavenças e desilusões

Por uma vida mal vivida

E acreditada no Deus errado


E nem a dança dos anjos pode salvar-lhe

Com suas peças efêmeras

Assim como sua felicidade.

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