Fugir por entre palavras de tom intrusivo
Navegar por ondas de imaginação
Adentrar mundos distantes
Correr da navalha do barbeiro
Chamar pelo amor divino
Ao diabo!
Que adentre minhas entranhas a lâmina do saber
Que o sozinho seja melhor que o coletivo
Que o amor morra na praia do sofrimento e SOFRA!
Que o ódio tome conta do mundo e tudo se afunde em trevas
Que o dia não chegue.
Morra
Morra
E morra de novo...
Espere quatro anos e morra novamente para surgir como a
fênix
Numa dança que não tem fim
O renascer da vida num ciclo vital para a morte.
Rasteje.
Rasteje como o verme que come minha carne por debaixo da pele
Como o suco de morte junto ao lodo de meu caixão estático
Que é tomado por canudos pela terra.
E esqueça;
Esqueça que o mundo existe, esqueça que o amor existe
Esqueça que o sol nasce, esqueça que a verdade dói
Esqueça-se da ignorância. Lembre-se do ignóbil e despreze os
que estão ao seu lado
Corra e morra
Mas corra e morra com vontade, pois só o podemos uma vez
Aproveite cada segundo da dor do momento
Você jamais estará tão vivo quanto quando estiver morrendo.
Olhe para cima e grite
Conte até dez e grite. Talvez você seja ouvido
Mas tenha certeza.
NIGUÉM
JAMAIS
VIRÁ
AJUDÁ-LO
Hoje você morreu para a sociedade
Você morreu para seus pais
Você morreu para seu amigos
Você morreu
Você morreu
Aproveite! Ahahah